Libertadores é garra e não apenas qualidade

Foto: JUAN MABROMATA

Quando o São Paulo foi eliminado pelo Cruzeiro falei que o time paulista perdeu a Libertadores mais fácil da história, o mesmo falei duas semanas depois com o Grêmio. E o meu pensamento se confirmou na final contra o fraco Estudiantes. Enfrentaram-se na final um time de qualidade (Cruzeiro) e outro de garra (Estudiantes), e deu o obvio, ganhou o que tem garra.

O primeiro jogo foi muito fraco e se o time do Adilson Batista, capitão América pelo Grêmio, tivesse um pouco mais de coragem e audácia tinha ganhado a Copa lá, mas não, sempre com o velho estilo brasileiro de deixar tudo para casa. No Mineirão lotado os argentinos se deram muito melhor, tomaram um gol no início da segunda etapa, para imprensa paulista e carioca o jogo tinha acabado, para nós gaúchos que conhecemos bem a aldeia irmã sabíamos que tinham cutucado a onça com a vara curta. A virada veio de modo curto e rápido. No segundo gol a torcida broxou de vez, ali estava a Copa mais fácil dos últimos anos com um time ridículo, mas de garra.

Infelizmente viramos o Senado do futebol, aonde os times de fora chegam aqui e fazem o que querem, e ontem o Sarney (dono da festa) da noite foi o capitão Verón. A próxima vez Cruzeiro deixa alguém de garra ganhar a Copa, afinal o último ganhador dessa competição é daqui do rio Grande do Sul, Internacional.

Lembrando que a final do mundia de 2009l é freguês do Internacional, Estudiantes perdeu em 2008 a Sul-Americana e o Barcelona perdeu o mundial de 2006.

Falando em Internacional e garra, domingo tem gre-nal, o maior e mais disputado clássico do Brasil, não sou louco de palpitar para esse jogo, porque sempre tem surpresas. Lembrando que o jogo comemorará os 100 anos de enfrentamentos, ao torno desses anos todos tivemos jogos inesquecíveis, exemplo: 10 x0 para o Grêmio na primeira partida disputada, 5x2 para o Internacional no Olímpico, gre-nal aonde o tricolor ganhou por 2x1 com a jogada de mão do Ronaldinho Gaúcho e por ai vai...

Quem viver verá!